Dark (Netflix, 2017)


Em uma época de ânimos tão acirrados vejo poucas críticas à Dark, a série de TV alemã, disponível no catálogo da Netflix desde 1º de dezembro de 2017.

Sob o risco de soar repetitivo a trama é bem rasteira. Um cidade alemã vive à sombra de uma usina nuclear que gera energia e seus habitantes jovens desejam sair de lá ou ao envelhecer se corrompem.
Um garoto some e isto desestrutura a família e alguns habitantes, já abalados com um suicídio recente. No entanto didaticamente os produtores vão explicando o quê aconteceu e a cada personagem novo que surge, logo ficamos sabendo quem e qual o seu papel na trama.

O mistério da série vem mais de um climão criado e mantido ao longo dos dez episódios. O clima casa com um excelente trilha sonora e música, diálogos bem escritos e atuações boas – ainda que parte do elenco jovem peque em vários momentos.

Criado para alimentar os nerds mas sem chocar muito, tem sexo não explícito, casal de jovens que transa semi nus (ela transa com calcinha, deixando claro a censura: mostrar peitos pode, vagina não!), uso de drogas, traições, lesbianismo e… viagem no tempo.

Se a força está no clima que se sustenta até o último momento, as fraquezas estão em não haver nenhum mistério, basta assistir ao próximo episódio, e a viagem do tempo ser estável. Faça determinada coisa que você alcançará determinado resultado. Não há apuro ou dificuldade e evidentemente os personagens caem em armadilhas previsíveis como viajar no tempo para matar “Hitler” e acabar criando o vilão!

Vale a pena? Sim, mas sem expectativas e sem deslumbramentos. É divertido, mas logo vemos que não se sustenta! Lembra um vídeo clipe lindo e empolgante para uma música ruim! Assim é perfeito para uma maratona e duas semanas depois ter esquecido tudo!
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