A Infinita Saga do Infinito, Parte I: O personagem principal

NIILISMO substantivo masculino (do latim NIHIL, nada) (...) 2. Atitude de negação dos valores intelectuais e morais comuns a um grupo social, de recusa do ideal coletivo desse grupo. – 3. Redução a nada; aniquilamento. – 4. Descrença absoluta.

NIILISTA adjetivo e substantivo masculino e feminino. 1 – Relativo ao niilismo. – 2. Partidário do niilismo.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, Nova Cultural, 1998, Volume 17, Página 4214.

TÂNATOS
(Do grego THANATOS, morte) 1 – Na mitologia grega, a personificação da morte e o filho de Nix (Noite). Vivia no Hades, com seu irmão Hipnos (Sono). É geralmente representado como um vulto vestido de negro ou como um espírito alado.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, Nova Cultural, 1998, Volume 23, Página 5577.

O personagem principal
Diferente de várias sagas nos quadrinhos que aproveitam o mesmo tema, ainda que o personagem mude, existe uma em que o personagem central teima em persistir e atravessa séries de personagens e 3 décadas!

Nestas séries o personagem principal torna-se um mero coadjuvante para um vilão que teima em crescer a cada aparição. A crescer como personagem e como ser humano fictício, evitando o mesmismo dos personagens que estão estagnados por décadas.

Certamente a saga deste personagem não seria possível sem o amor (ou obsessão, ou ainda limitação) de seu artista-criador: Jim Starlin.

A esta altura é fácil saber que falo de Thanos, o Titã, o deus-louco, o amante da morte, o niilista.

Criado como vilão para a série The Invencible Iron Man, 1º Volume; Thanos seria o responsável por uma invasão alienígena à Terra. Se o tema não era original, a saga definiu o conceito de cross-overs para a maneira como ficariam conhecidos na década de 1990, e isso em 1973!

Cross-overs é a ligação de histórias de séries diferentes onde normalmente os heróis enfrentam uma situação comum. Isso aconteceu muito em séries do Aranha e dos mutantes do Marvel, mais recentemente no Brasil tivemos a publicação de um famoso cross-over pela Panini Comics: Batman – Bruce Wayne, Fugitivo (2002). Da maneira como foi apresentada, já fica provado que alguma história podem ter mais importância para a trama que outras, que geralmente funcionam para delinear a situação para o leitor da série principal ou mesmo para aqueles que só compram as séries menores.

No nosso caso a grande concentração da saga publicado em Captain Marvel, 1º volume que tinha acabado de recuperar-se nas vendas logo depois que Jim Starlin assumiu a série e trocou o foco das tramas para um cenário mais “cósmico”. 

Starlin, que até então, havia sido apenas um talentoso artista de séries como The Master of Kung Fu e de histórias fechadas de vários títulos, teve carta branca para explorar “devidamente” o personagem Thanos que ele criou – junto com Mike Friedrich – para The Invencible Iron Man # 55 (publicado em A Saga de Thanos # 01, Editora Abril, 1992).

Nesta mesma aventura são introduzidos Drax, o Destruidor, Mentor, pai de Thanos e Isaac, o computador central de Titã. Com a destruição da base terrestre de Thanos pela dupla Homem de Ferro e Drax, acredita-se que o mal tenha sido eliminado.